sexta-feira, 17 de abril de 2020

Tarte de amêndoa gulosa

Tenho uma teoria que aplico na prática desde que comecei a reparar bem nas pessoas, e que comigo resulta muito bem!

Em cada pessoa, mesmo naquelas  com quem não simpatizo, procuro algo de positivo, uma característica que me agrade, que me faça sentir conforto. Qualquer coisa, qualquer coisa que me permita controlar a impaciência e a intolerância que em particular possa ter ou sentir relativamente a alguém. Foco nessa especial particularidade e procuro esquecer o que de menos bom, no relacionamento comigo, a pessoa tem. Sempre que estou com a pessoa foco com todas as minhas forças o que ela tem que para mim é positivo e controlo-me!

E assim consigo relacionar-me bem com todos e sentir-me confortável com (quase) toda  a gente.

Em cada um de nós há o bom e o menos bom, e o que cada um sente em relação ao outro varia de forma que não podemos percecionar e ainda menos controlar.

Pois bem, há uns anos largos trabalhei com uma pessoa muito particular, do meu ponto de vista carregadinha de defeitos mas que tinha uma boa mão para doces e a generosidade de partilhar as suas receitas. Nunca mais a vi e nunca mais tive noticias dela (não sinto saudades) mas, quando me lembro dessa pessoa só me lembro da maravilhosa tarde de amêndoa que fazia e da generosidade de comigo ter partilhado a receita! Ser generoso é de enorme valor.

Esta colega, que durante um período de tempo até me parecia que poderia ser uma boa amiga, deixou-me esta receita que nunca tinha tido oportunidade de experimentar mas ontem, no intervalo de almoço decidi testá-la e para o jantar a sobremesa foi "de chorar por mais".

Ingredientes

para a massa do bolo:

- 150gr de margarina ou manteiga (utilizamos a Becel)

- 150gr de açúcar (cá em casa utilizamos o açúcar amarelo)

- 2 ovos inteiros.

- 250gr de farinha de trigo (e uma vez mais utilizamos a Branca de Neve).

para a massa de amêndoa:

-150gr de margarina ou manteiga (utilizamos a Becel)

- 10 colheres de sopa de leite ou de uma bebida vegetal.

- 200gr de amêndoa pelada e, preferencialmente aos palitos (nós cortamos a amêndoa toscamente, nem palitos e nem inteira, ficou aos pedacinhos :))

Preparação

da massa de bolo:

Juntamos a margarina ou manteiga ao açúcar e batemos muito bem. Adicionamos os ovos inteiros e continuamos a bater sem parar. Envolvemos a farinha com cuidado.
Vertemos a massa para uma forma redonda, preferencialmente de fundo amovível e forrada com papel vegetal para facilitar o processo de retirar a tarde depois de pronta.
Vai ao forno a 170º graus até a massa estar cozida.

da massa de amêndoa:

Enquanto a massa do bolo está no formo começamos a preparar o topo do bolo.Misturamos a margarina ou manteiga, o açúcar e o leite e levamos a lume brando até ferver. Depois de ferver juntamos as amêndoas e mantemos o preparado no lume onde vamos mexendo até que se forme um preparado acastanhado.

Quando sentirmos que este preparado está pronto colocamos na forma que esteve no forno, por cima da massa de bolo já cozida e voltamos a colocar no formo para alourar as amêndoas.

Cá em casa colocamos o forno a 250º quando levamos o bolo já com as amêndoas para alourar. Ficamos em vigia e retiramos logo que ficou douradinho.

Nem sei o que dizer sobre este doce. É tão bom!




quarta-feira, 15 de abril de 2020

Lanches saudáveis após a Páscoa

Desde quinta-feira santa a segunda feira de Pascoela foi a desgraça completa e o verdadeiro terror para a rotina e regime alimentar.

Com tolerâncias de ponto, feriados e dias de descanso complementar e obrigatório deu tempo para todas as experiências e mais umas tantas na cozinha!  Desde Folar doce, Pão de Ló de Alfeizeirão,   pão de ló clássico, sobremesa de pão de ló e leite creme, bolachas e bolachinhas, pães e mais pãezinhos, tudo devidamente acompanhado pelas amêndoas que encomendamos on-line na Loja dos Sabores e pelos ovos de chocolate que descobrimos na atividade "Caça ao ovo" que organizamos para o mini João, nem mesmo o exercício japonês Kakato Otoshi nos salva!

É pois chegada a hora de abrandar e procurar reduzir nas calorias :)

Pois bem, voltamo-nos para os lanches saudáveis e hoje preparámos as clássicas Papas de Aveia com banana e frutos secos! Uma delicia!


Ingredientes

- Uma caneca de água.

- Meia caneca de flocos de aveia.

- 1 pau de canela.

- 1 tira de casca de limão fininha.

- 1 colher de café de mel.

- 1 banana.

- Frutos secos e canela em pó a gosto.

Preparação

Colocamos num tacho, em lume médio, a água, a aveia, o pau de canela e a casca de limão. Deixamos cozinhar a aveia mexendo de vez em quando.

Uma vez cozinhada a aveia retiramos, colocamos numa taça para servir, misturamos a colher de mel e decoramos com uma banana partida em fatias redondas, frutos secos a gosto e canela em pó.

A banana pode ser substituída por outras frutas frescas, como por exemplo frutos vermelhos, e os frutos secos podem ser dispensados ou substituídos por outros toppings de que mais gostem.

Na minha opinião as papas de aveia, além de saudáveis ajudam-nos a manter saciados pelo período de tempo necessário até à próxima refeição.

Em alternativa às papas de aveia e para um lanche igualmente saudável temos preparado ainda:

 Iogurte Grego

Coloque 6 colheres de sopa de iogurte grego light numa taça (nós utilizamos este), parta 8 frutos secos a gosto (se optar por utilizar nozes deve abdicar de outros frutos secos e utilizar uma noz inteira) e misture. Se preferir pode acrescentar (eu dispenso) uma colher de café de mel.

Este lanche sacia completamente se for complementado com duas bolachas e, cá em casa gostamos das marinheiras com chia!




... e










Panquecas


Misture 2 ovos inteiros (preferencialmente pequenos), com 3 colheres de sopa de iogurte grego light (usamos o que referimos em cima) e ainda 3 colheres de sopa de farinha de arroz (também pode utilizar farinha espelta, de trigo ou de aveia). Depois de bem misturado e em lume bem aquecido vá fazendo as panquecas, uma de cada vez utilizando, para cada uma 2 colheres de copa da mistura preparada.

São muito boas simples ou acompanhadas com queijo, fiambre, compota e até com frutas ligeiramente braseadas com mel!

Delicie-se!

domingo, 5 de abril de 2020

Soba no ocidente!




Depois de retirar do forno mais um "pão do dia" que fomos comendo ao almoço e ao lanche, aventurei-me a preparar, pela primeira vez, uma soba (そば ou 蕎麦).

A soba é um dos pratos japoneses que o Sérgio mais aprecia e desde que regressamos do Japão me pede para me aventurar e experimentar cozinhá-lo...foi hoje!

A minha soba do ocidente (porque receio não ser exatamente o que os orientais entendem por soba) é como cozinhar aos pedacinhos e deixar em cada pedaço o melhor de nós. Cozinhar soba é fazer vários pratos mas comê-los como um só.

A minha querida Tia Laurinha disse-me há uns dias que tenho em casa mil ingredientes e que consigo cozinhar tudo. Ainda acrescentou que quem faz bolo geralmente tem tudo em casa. Tudo ou, quase tudo porque quando pesquisei receitas de soba na internet reparei que me faltavam vários ingredientes e...não desisti :)

Ingredientes

- 600 ml de água

- meia chávena de café de molho de soja (cá em casa gostamos deste)

- 1 cebola pequena

- 1 bife de porco

- 150gr de massa de trigo sarraceno (cá em casanão tinhamos e utilizamos esparguete mas, vale a pena saber mais sobre a soba original e as massas para os pratos japoneses aqui)

- 1 ovo

- o comprimento de meio dedo mindinho de raiz de gengibre fresco

- 3 folhas grandes de manjericão fresco

Preparação

A soba:

Colocamos a água numa panela, juntamos a soja, um pouco de sal a gosto e uma pequena cebola cortada em rodelas muito finas.

Deixamos ferver.

Depois de ferver reduzimos o lume e mantemos no fogão para que permaneça quente e vá ganhando cada vez mais sabor.






A carne:

Cortamos o bife de porco em tiras finas (que pode ser de qualquer outra carne, admitindo-se ainda a possibilidade de se fazer o mesmo preparado com tofu, seitan ou um peixe branco), colocamos numa taça e misturamos, a gosto, sal, azeite (utilizei apenas uma colher de café de azeite) e gengibre em pó (pode ser utilizada, em alternativa, erva de provence).

Deixamos repousar este preparado por cerca de 10 minutos.

Acendemos o lume, numa temperatura forte e colocamos o preparado da carne num recipiente para que cozinhe de forma a ficar crocante.

Reservamos.

A massa:

Cozemos em água fervente com sal a gosto e reservamos.

O ovo:

Batemos um ovo inteiro e, sem juntar mais nenhum ingrediente, nem sequer sal, levamos a uma sertã para preparar uma pequena omelette que, depois, depois de pronta cortamos em tiras finas e pequenas.

Reservamos.

O gengibre e o mangericão:

Partimos o gengibre e as folhas de manjericão (em vez de mangericão pode ser utilizada qualquer outra erva aromática fresca como salsa ou coentros _cada vez menos japonesa esta receita :)) em pequenas tiras muito finas e reservamos.


Está tudo pronto? Então é só colocar os ingredientes, qual Chef Michelin, e servir.

- Primeiro um pouco de massa escorrida;

- Em seguida um pouco das tiras de carne (ou peixe ou tofu ou seitan);

- Um pedacinho de raiz gengibre fresca;

- Um pedacinho de folhas  mangericão fresco;

- Um pouco das tiras de omelette;

- Uma colher de sopa daquilo a que eu chamo molho soba apanhando algumas rodelas de cebola e...

está pronto!

Agora é só vê-los comerem deliciados e para mim que sou uma gulosa, acompanhar com o delicioso "pão do dia".

Feliz domingo de ramos!



sexta-feira, 3 de abril de 2020

Bolachas da Mimi!

Se a vossa intenção é manter o peso inalterado e não dar um só tiro na dieta que estipularam para este período de quarentena  por favor não continuem a ler esta mensagem e abandonem já o blogue!

Ainda aí estão? Eu avisei!

Última oportunidade: Não continue a ler se estiver em processo de auto controlo, se quiser perder peso ou se o não quiser ganhar porque a receita que se segue foi o engano mais extraordinário que me aconteceu na vida!

Para os livres...cá vai ela!

Então não é que a minha querida e doce amiga Mimi recomendou uma deliciosa receita de bolachas com pepitas de chocolate e eu, absolutamente distraída, ignorei a parte das pepitas e avancei diretamente para  o chocolate!

Pois bem, saíram umas bolachas de chocolate, que serão para sempre da Mimi,  irresistíveis.

Meu Deus! Se comemos uma é muito difícil parar e não comer outra.

Se as fizerem tirem uma bolacha da taça, deixem arrefecer, fechem as restantes num armário de difícil acesso e provem a que ficou de fora! Agora tentem não subir a escada para ir buscar outra e mais outra e mais outra!

Ingredientes

- 100 gr de açúcar (desta vez utilizamos açúcar mascavado mas imaginamos que  ficam boas com açúcar refinado)

- 90 gr de manteiga (para esta receita utilizamos mesmo manteiga matinal light)

- 1 ovo (cá em casa, quando não conseguimos comprar ovinhos caseiros procurámos sempre os ovos de galinhas criadas ao ar livre)

- 1 colher de sopa de leite (por cá é sempre leite mimosa bem essencial magro)

- 1 colher de chã de fermento em pó (este)

- 200 gr de farinha (branca de neve)

- 170 gr de chocolate em pó (gostamos de utilizar os produtos da Pantagruel) _e foi aqui que me enganei uma vez que a Mimi junta chocolate aos pedaços em vez de chocolate em pó_


Preparação

Envolvemos numa taça todos os ingredientes, utilizando um utensílio próprio (a massa fica ligeiramente mais húmida do que aquilo que é expectável neste tipo de receitas), enquanto pré aquecemos o forno a 250 graus.

Retiramos pequenos pedaços da massa com uma colher de sobremesa e fazemos pequenas bolas que amassamos entre as nossas mãos e colocamos no tabuleiro do forno.

As bolachas ficam a cozer, cerca  de 35 minutos a uma temperatura de 200 graus.

Preparem-se...são uma loucura para todos, mesmo para os que não são loucos por chocolate.




Bolachas de Côco


Se este isolamento social dura mais um mês, como de resto me parece que vai acontecer, não sei o que será do meu emprego e já me estou a imaginar a mudar de vida! Eu ainda me lanço num mundo novo e abro um mini espaço só com coisas deliciosas para aquecerem as almas de quem o visita.

Hoje, cheia de motivação e decidida a preparar as melhores bolachas de côco do mundo lancei-me de novo à cozinha e fiz pela terceira vez esta deliciosa receita de bolachas de côco, inspirada no sabor das bolachinhas de côco da Maria dentada de que tenho tantas, mas tantas saudades!

Ingredientes

- 3 colheres de sopa de manteiga ou margarina (para esta receita utilizamos esta becel magra)

- 1 ovo inteiro

- 7 colheres de sopa (rasas) de açúcar (desta vez utilizamos açúcar amarelo, mas também pode ser utilizado açúcar refinado)

- 100g de côco ralado

- 13 colheres de sopta (rasas) de farinha (utilizamos farinha branca de neve fina)


Preparação

Envolvem-se todos os ingredientes numa taça, utilizando um utensílio útil para o efeito (raramente envolvo ingredientes com as mãos) enquanto o forno pré-aquece a uma temperatura de 250 graus.

Uma vez envolvidos os ingredientes vão-se retirando pequenos pedaços de massa que se envolvem (agora sim com as mãos) formando pequenas bolas que se achatam com as costas de uma colher de sopa e se colocam no tabuleiro do forno.

Reduzimos a temperatura do forno para 200 graus e iniciamos a cozedura.

Se quiserem bolachinhas mais duras e que possam ser mantidas por cerca de uma semana devem deixar cozer muito bem, nunca menos de 30 minutos. Se preferirem umas bolachinhas tipo bolo, mais molinhas e para consumir no dia podem deixar cozer por cerca de 15 a 20 minutos.

São uma tentação a que vale mesmo a pena ceder :)

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Kahvi Kaffe


Quinta-feira, dia 2 de abril de 2020, 20º dia em casa!

A quinta-feira é o dia favorito da minha querida amiga Cristina!

Conheci a Cristina casualmente numa ação de formação, por volta do ano 2010. Naquela altura ambas ambicionávamos aprender “a gerir o stress”. Era precisamente este o nome da ação de formação “Gestão de stress”.

Recordo-me que faltei ao primeiro dia da formação face ao enorme stress que era a minha vida profissional naquela altura e no segundo dia, quando entrei na sala reparei que todos os formandos, colegas da Universidade, estavam em pantufas! Quem me dera ter registado o meu ar de espanto quando olhei para eles.

Por breves segundos pensei fechar a porta devagarinho e sair como se me tivesse enganado, mas, não tive tempo! Fui imediatamente abraçada por uma das formadoras que me indicou uma cadeira e me convidou a descalçar as botas de cano alto. Que choque! Naquele minuto tive a certeza que não voltaria no dia seguinte. Mas voltei, voltei no dia seguinte e em todos os outros dias da semana. Aprendi! Aprendi uma série de técnicas para gerir o stress e o tempo dos meus dias. E sim, conheci a Cristina com quem estabeleci uma ligação para a vida toda!

Lembro-me muitas vezes da Cristina mas hoje, talvez porque é quinta-feira não me sai da cabeça.

A Cristina gosta de café, cheiroso e quente numa grande caneca.

Pois bem, nestes tempos em que é fácil gerir o stress, afinal estou em casa, com a minha família ao meu lado e tempo que sobre para fazer tudo o que é suposto fazer profissional e pessoalmente, tenho experimentado coisas novas (como toda a gente) e fiz um assalto às prateleiras mais escondidas da despensa para inovar, encontrar novos cheiros e sabores e manter despertos todos os nossos sentidos em tempo de isolamento.

Encontrei o café Kahvi que nos foi oferecido pelo nosso amigo Ari Lotjonen, um simpático finlandês, amigo desde 2015 e que nos visitou o verão passado e se deliciou com as quatro formas de cozinhar bacalhau que os meus pais lhe ofereceram.

Kitos (thank you in English) my dear friend Ari! We loved the Kaffe (coffee in English) you bring to us!

…que bem me sabe este sabor meio café, meio caramelo que me leva de volta a Helsínquia!

terça-feira, 31 de março de 2020

O sabichão da geografia!

O sabichão!

A minha amiga Ana Manta, psicóloga, autora do livro «Motivar os filhos para o estudo» e responsável pelo projeto com o mesmo nome, fez recentemente uma publicação que me fez recuar no tempo cerca de 36 anos e ir ao baú para limpar o pó ao meu jogo de infância,  O Sabichão, da  Majora! Conhecem?

A Ana apresentou este jogo como uma das sugestões que tem feito diáriamente, juntamente com a amiga, comadre e parceira de negócios Ana Varão, para atividades a desenvolver em casa, com os mais pequenos, durante a provação da quarentena. Estas duas Anas são excelentes profissionais e fazem magia quando se trata de desenvolver e potenciar o melhor de cada um. Vale a pena aproveitar as dicas que nos dão e pesquisar no Instagram motivarosfilhosparaoestudo. Recomendo ainda que pesquisem o projeto Red Apple que estas duas super mães têm vindo a desenvolver desde que terminaram as suas licenciaturas.

Mas de regresso aos meus 8, 9, 10 anos!


Ai como me diverti a jogar O Sabichão com o meu pai horas e horas a fio, num roda que roda o sabichão que sabia tudo sobre geografia! Sim, sobre geografia. Naquela altura quer eu, quer o meu pai estávamos absolutamente convencidos que o jogo era só sobre geografia até que:... no dia 31 de março de 2020, em pleno isolamento voluntário face à emergência de saúde pública internacional COVID - 19...dá-se uma descoberta!

Então não é que estivemos todos estes anos convencidos que a caixa do jogo era colada, que apenas existia uma opção de perguntas sobre geografia? Certo é que fiquei a saber tudo o que havia para saber sobre este tema naquela  época em que as três cidades criadas mais recentemente tinham sido Almada, Espinho e Póvoa do Varzim! Mas, verdade seja dita podia ter revisto tanta coisa sobre literatura, e história e astronomia e todas as outras temáticas que existiam nas mais de dez folhas de perguntas por de baixo da de geografia. A sério!


Toda a gente autorizada a dar uma boa gargalhada e eu, que gosto de me rir de mim própria, dou a primeira!


Como queria ter um espelho mesmo à minha frente quando o Sérgio, para meu desespero levantou a folha de perguntas de geografia num gesto que para mim significou (por breves segundos) destruir um jogo com quase 40 anos!

Et voilá! (o francês em homenagem à minha querida amiga Maria Pereira) Além de geografia lá estavam, novas, intactas, nunca antes observadas, as páginas de perguntas de muitos outros temas...

Tempos de sermos positivos, certo? Pois bem, pelo menos o João, com a devida atualização que teremos de ir fazendo face à data da edição da nossa versão do jogo, vai usufruir dele por completo.

O Sabichão que afinal sabe muito mais do que sobre geografia!

segunda-feira, 30 de março de 2020

Ai...o pão da Maria!


A Maria é cheia de ideias, das boas, muitíssimo trabalhadora e envolvente. A Maria faz mil coisas ao mesmo tempo e todas lhe saem bem. A Maria é uma daquelas amigas que depois de se conhecer nunca mais se dispensa e que fica perto nos melhores momentos e nos mais adversos.

Durante a quarentena a Maria descobriu que a mãe já faz pesquisas no You Tube  e que descobriu uma daquelas receitas de pão que além de fácil, adequada a todos mesmo aos que não têm a dispensa carregada de ingredientes estranhos e uma belíssima máquina de pão, é deliciosa!

Maria, "Merci beaucoup pour la traduction et la présentation de cette recette de pain!" 💚

Ingredientes

- 500 gr de farinha (continuamos a utilizar a farinha branca de neve)

- 350 ml de água (para quem não tiver o medidor adequado converta aqui)

- 7 gr de sal (recomendo reduzir um pouco ao sal para uma receita saborosa mas mais saudável e, já agora, cá em casa utilizamos sal marinho)

- 5 gr de fermento em pó (cá em casa utilizo este desde sempre)

- 2 colheres de sopa de oleo (confesso que na minha versão não utilizei o oleo)

Preparação

Colocamos a farinha, a água, o sal e o fermento dentro de uma taça e misturamos envolvendo todos os ingredientes.

Uma vez envolvidos os ingredientes polvilhamos uma superfície lisa com farinha e trabalhamos a massa durante cerca de 5 minutos com as mãos. Moldamos uma pequena bola e colocamos a levedar, envolvida por um pano, num sítio sem luz e sem corrente de ar, durante 30 minutos.

Volvidos 30 minutos dividimos a pequena bola em dois e voltamos a deixar repousar, por mais 30 minutos, envolvidas por um pano, as duas pequenas bolas e uma vez mais num sítio sem luz e sem corrente de ar.

Na receita original faz-se uma cruz na massa de pão mesmo antes de a colocar no forno mas eu, porque foi assim que aprendi quando ainda nem tinha acabado o primeiro ciclo, fiz uma cruz nas duas pequenas bolas e antes dos últimos 30 minutos a levedar.

As duas pequenas bolas vão ao forno, cerca de 30 minutos, cobertas por duas taças de vidro próprias para altas temperaturas a 230 graus.

O pão que agora é da Maria é delicioso e a receita original podem encontrá-la aqui!



Os scones da minha amiga Ana Teresa!

A Ana Teresa é a melhor cozinheira que eu conheço.

Nunca comi um Tiramissu tão bom como o dela (nem mesmo em Itália), nunca provei brigadeiros mais macios e saborosos, nunca uma bifana me soube tão bem, nunca mais repeti crepes de salmão que me ficassem na memória como os dela, nunca e nunca mais nada foi tão, tão, tão...delicioso como o que provei preparado por ela.

Tudo o que a Ana Teresa cozinha vem para a mesa com a alma que é dela, carregado de brilho e emoção, com sabores únicos e inesquecíveis.

A Ana Teresa é a melhor cozinheira que eu conheço e ponto final.

Cá em casa já há uns anos largos que gostamos de preparar a receita de scones que a Ana Teresa nos ensinou e que, depois de aprendermos a fazê-los com amor e todos os segredos, ficam sempre uma delicia.

Temos aproveitado o tempo da quarentena, quase todo o que não é dedicado ao teletrabalho, para cozinhar e ensinar o mini João a cozinhar e estes scones especiais são regulares para os nossos lanches aquecidos com chás variados.

Ontem o João escolheu um chã de hortelã-pimenta que compramos no Cantinho das Ervas Aromáticas e preparou os scones da Ana Teresa.

Ingredientes

- 280 gr de farinha com fermento (costumamos utilizar a farinha branca de neve fina)

- 1 colher de sopa de margarina (normalmente utilizamos a becel original)

- 6 colheres de sopa de leite (normalmente utilizamos o leite magro da mimosa)

- 3 colheres de sopa de açúcar (habitualmente utilizamos açúcar amarelo ou mascavado)

- 1 ovo

- 1 colher de café de sal

Preparação

Juntamos todos os ingredientes rapidamente (e rapidamente é o segredo principal) apenas para ligar.

Cá por casa costumamos juntar os ingredientes utilizando uma colher de pau mas é possível, se preferirem utilizar a batedeira elétrica.

Depois dos ingredientes todos ligados polvilhamos uma superfície lisa com farinha e colocamos a massa estendendo-a em forma de rolo.

Cortamos pequenos pedaços e colocamos no forno pré aquecido a 180º graus onde cozem cerca de 20 a 30 minutos.

É um lanche delicioso e que nos enche de conforto!

Cá por casa adoramos comer os scones com compota e com manteiga.

Não percam tempo. Todos para a cozinha!


Acredito em nós!

Sou uma pessoa positiva e cheia de fé.

Tenho fé que vamos conseguir, todos juntos, ganhar ao vírus e reerguer o nosso país. Tenho fé que somos genuinamente solidários e disponíveis uns para os outros e que estaremos unidos porque é necessário; tenho muita fé em nós, portugueses, e no nosso país. 

Tenho fé apesar de acreditar que não cantaremos liberdade antes de volvidos pelo menos mais dois meses e ainda assim será uma liberdade parcial, contida, regulada, mais coletiva do que individual.

Uma amiga escreveu-me há uns dias e disse: "Para uma geração que viveu a revolução de fraldas o dia da libertação desta pandemia será um dia histórico!". E vai ser! Vamos recordar para sempre esta difícil provação que para a nossa geração é, seguramente a primeira que vivemos comum a todos.


Fazendo fé no que escrevem os mais entendidos, este vírus ainda não é controlável, ainda não é suficientemente conhecido. Investigadores e médicos precisam de tempo e de casos que lhes permitam encontrar o caminho para o eliminar e nos fazer reiniciar a vida exatamente no ponto onde a deixamos (se reencontrarmos o ponto exato!).

Mais gente vai padecer,  mais gente vai  viver depois da doença, mais gente dará os exemplos para que se descubra, finalmente, a forma de nos livrarmos de vez desta provação. Vai demorar. Até lá aprendemos, vivemos uma vida nova que não sabíamos ser possível viver.

Não é politicamente correto mas tenho pouca fé na União Europeia e muita fé em Portugal e nos portugueses. Por isso acredito que o nosso país, com a determinação dos tempos idos e a sabedoria inocente que nos caracterizou sempre, vai reerguer-se, com sofrimento, com custo mas um dia voltará a ter a luz de sempre!


Dois meses…pelo menos dois meses e talvez não seja para voltarmos à vida tal como a conhecíamos mas será a nossa vida e, como a esta, lá nos adaptaremos, lá iniciaremos o processo de aprendizagem, lá estabeleceremos as nossas metas e com a determinação de sempre, lá trabalharemos para alcançarmos o melhor de nós.


Sejamos pacientes, tenhamos fé, é hora de sermos capazes de sofrer e ainda assim encontrarmos o caminho da felicidade.


Acredito em nós!